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Informações da Universidade Federal de São Paulo - Unifesp

Comunidade universitária discutiu alternativas para a unidade

Escrito por DCI
A imagem mostra a audiência pública em um auditório. A vice-reitora, a reitora (que conduz a sessão) e a secretária estão sentadas em uma mesa no palco principal, posicionadas diante de um telão branco. O auditório possui fileiras de cadeiras ocupadas por participantes atentos, incluindo pessoas utilizando laptops. À esquerda, estão bandeiras do Brasil, do estado de São Paulo e da Unifesp. O ambiente é bem iluminado e organizado, com piso de madeira e paredes claras.

No último dia 17 (terça-feira), o Auditório Ieda Maugeri recebeu a primeira Audiência Pública sobre o Hospital Universitário 2 (HU2). O evento foi transmitido pelo Canal Unifesp Ao Vivo no YouTube e contou com apresentações de representantes do grupo de acompanhamento para construção da metodologia de apresentação e debate sobre estudo.


Lia Bittencourt e Raiane Assumpção

Presidindo a sessão, a reitora da Unifesp, Raiane Assumpção, apresentou um breve histórico do HU2, que é uma unidade hospitalar prevista no Estatuto e no Regimento da Unifesp, bem como no Plano Diretor de Infraestrutura (PDInfra) do Campus São Paulo, como um hospital-dia. Explicou que documentos e pareceres jurídicos elaborados em 2019 já indicavam possíveis modelos de gestão para a unidade. Ela também enfatizou os desafios de sustentabilidade econômica e agradeceu o aporte de R$ 3 milhões do Ministério da Saúde, via secretaria de saúde especializada no final deste ano de 2024, essencial para a manutenção das atividades assistenciais do HU2.

O HU2 é de propriedade da universidade, com custos de funcionamento cobertos pela instituição. Suas atividades ambulatoriais estão vinculadas ao Hospital São Paulo (HSP/HU Unifesp). A reitora reforçou a necessidade de encontrar um modelo de gestão sustentável, que contemple as dimensões econômica, acadêmica e assistencial.

A imagem mostra o público em um auditório durante a audiência pública. As pessoas estão sentadas em fileiras de poltronas verdes, acompanhando atentamente o evento em um ambiente iluminado e organizado.
Comunidade universitária se reuniu para debater a gestão do HU2

Raiane esclareceu que a decisão sobre a gestão do HU2 não será imediata, destacando o compromisso da universidade com um debate amplo e participativo. O grupo expandido, formado por representantes de docentes, técnicos(as), estudantes e residentes, foi incumbido de promover discussões e ouvir a comunidade universitária, consolidando perspectivas para apresentar os resultados nas audiências públicas. “Queríamos encerrar o ano trazendo as discussões, não deliberações ou decisões, mas apresentando à nossa comunidade a posição desses grupos”, enfatizou.

A vice-reitora, Lia Bittencourt, detalhou o estudo de viabilidade da governança do HU2 pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH), iniciado após a assinatura do protocolo de intenção entre a Unifesp e a EBSERH em dezembro de 2023, contendo também o processo do HU3. O grupo técnico, composto por membros da Unifesp e da EBSERH, realizaram reuniões semanais e visitas ao prédio do HU2 e à superintendência do HSP/HU Unifesp. O trabalho resultou em um relatório entregue à Reitoria, confirmando a viabilidade da gestão do HU2 pela EBSERH, etapa agora encaminhada ao grupo de acompanhamento para continuidade das discussões. Na sequência, o vice-presidente da EBSERH, Daniel Beltrammi, participou virtualmente, apresentando a proposta da entidade para a governança o HU2.

Visões e propostas

Representando a Unidade Gestora, Angelo de Paola enfatizou o HU2 como um bem público federal que oportuniza o crescimento qualitativo e quantitativo da universidade, reforçando a necessidade de discussão sobre dados oficiais e consistentes para decisões apropriadas.

Na imagem, Angelo de Paola, um homem de óculos, cabelos grisalhos e camisa branca. Está fazendo sua apresentação em um púlpito com o logotipo da Unifesp. Atrás dele, há bandeiras do Brasil e do estado de São Paulo.
Angelo de Paola

Trazendo o resultado das conversas com os(as) trabalhadores(as) do HU2, a diretora administrativa do Campus São Paulo, Sinara Farago, apontou as preocupações dos mesmos em relação ao funcionamento do hospital e a assistência prestada, ressaltando a importância da participação daqueles(as) que fazem o dia-a-dia do hospital, nas discussões sobre sua gestão.

Na imagem Eduardo Medeiros, um homem de terno escuro, camisa azul listrada e cabelos curtos. Faz sua apresentação em um púlpito com o logotipo da Unifesp. Ao fundo, estão as bandeiras do Brasil, do estado de São Paulo e da Unifesp.
Eduardo Medeiros

Eduardo Medeiros, representando a Superintendência do HSP/HU Unifesp, apresentou a proposta da Diretoria do HSP para que o HU2 funcione como uma unidade integrada ao HSP-HU Unifesp, sob gestão do HSP e da universidade, garantindo a integração dos serviços sem duplicidades, com alinhamento às linhas de cuidado do HSP-HU Unifesp.

Na imagem Janine Schirmer, uma mulher de óculos, cabelos curtos e loiros, veste uma camisa azul. Faz sua apresentação em um púlpito com o logotipo da Unifesp. Ao fundo, estão as bandeiras do Brasil, do estado de São Paulo e da Unifesp.
Janine Schirmer

O diretor da Escola Paulista de Medicina (EPM/Unifesp), Magnus Dias, e a diretora da Escola Paulista de Enfermagem (EPE/Unifesp), Janine Schirmer, afirmaram que, depois de amplas discussões nas congregações das duas escolas, ambas se demonstraram favoráveis a administração do HU2 pelo HSP/HU Unifesp. O diretor acadêmico do Campus São Paulo, Ramiro Anthero de Azevedo, reforçou o posicionamento das congregações, trazendo o histórico das discussões nas reuniões e ressaltando que a proposta da EBSERH foi bem estudada pelos colegiados.

A imagem mostra Fernando Kinker, um homem de óculos, com camisa listrada e crachá. Faz sua apresentação em um púlpito com o logotipo da Unifesp. Ao fundo, estão as bandeiras do Brasil, do estado de São Paulo e da Unifesp.
Fernando Kinker

Já o diretor do Instituto de Saúde e Sociedade (ISS/Unifesp) - Campus Baixada Santista, Fernando Kinker, enfatizou o papel da Unifesp como universidade pública e sua missão social. Ele destacou a necessidade de decisões fundamentadas em argumentos sólidos, priorizando sempre o interesse público.

A imagem mostra Bel Moretti Aly, uma pessoa de cabelos curtos e cacheados, usando óculos escuros e camisa laranja. Faz sua apresentação em um púlpito com o logotipo da Unifesp. Ao fundo, estão as bandeiras do Brasil, do estado de São Paulo e da Unifesp.
Bel Moretti Aly, estudante do curso de enfermagem da EPE/Unifesp

Finalizando as apresentações, representantes do Sindicato dos Trabalhadores da Universidade Federal de São Paulo (Sintunifesp), dos(as) estudantes da graduação, da pós-graduação e da residência médica, se posicionaram contrários(as) a entrada da EBSERH, mas frisando que o modelo atual de gestão do HSP HU/Unifesp ainda carece de mudanças.

A imagem mostra quatro pessoas segurando cartazes com mensagens como "Servidor quer respeito!", "Somos 100% RJU" e "Respeito pelo RJU". Eles estão em pé ao lado de um corrimão, em um ambiente fechado e iluminado.
Representantes do Sintunifesp

Após as apresentações, foi aberto espaço para perguntas de colocações do público presente no auditório.

Reflexões finais e o futuro do HU2

No encerramento, a reitora agradeceu as contribuições da comunidade, que trouxeram conhecimentos técnicos, científicos e experiências práticas relevantes para o debate. Ela reforçou que, embora o processo de decisão ainda permita mais discussões, a escolha deve ser feita com responsabilidade e dentro de um prazo razoável, com conclusão esperada no primeiro semestre do próximo ano.

“O que está em discussão aqui não é uma simples escolha entre opções, mas qual modelo acadêmico-assistencial e de gestão melhor atenderá às perspectivas atuais e futuras para essa unidade, considerando os profissionais, docentes e técnicos(as) administrativos(as), e estudantes de todos os níveis. Agradeço a todos e seguimos acumulando conhecimento para o próximo debate”, concluiu.