Curso sobre cannabis medicinal da Unifesp e MovRecam ganha prêmio internacional
Oferecido desde 2018, curso de extensão já formou mais de 100 mil alunos(as)
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O curso de extensão O Uso Terapêutico da Cannabis sativa L., promovido pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) em parceria com o Movimento pela Regulamentação da Cannabis (MovReCam), conquistou o CannaPortugal Global Cannabis Awards 2025, da Confraria Internacional Cannabis PT & CannaPortugal.
Oferecido desde 2018, o curso já está em sua 12.ª edição, formando mais de 100 mil alunos(as) desde então. Ele tem como objetivo discutir e debater os tratamentos à base de Cannabis sativa L. e suas possibilidades clínicas para humanos e animais, estudos científicos sobre o tratamento ligado a algumas patologias, produtos derivados da planta, cultura e história da cannabis no Brasil e no mundo, a legislação brasileira em relação à cannabis, bem como o direito dos(as) pacientes e prescritores(as).
“Foi a coragem do padre Ticão e do professor Elisaldo Carlini que, ao criarem o primeiro curso gratuito sobre cannabis medicinal na periferia de São Paulo, transformou o projeto em uma referência mundial em educação canábica, consolidando-o como o maior projeto de democratização do conhecimento sobre cannabis medicinal no mundo e reafirmando a luta pela saúde como direito humano”, expressa a professora Eliana Rodrigues, uma das coordenadoras do curso, juntamente com Solange Nappo e Gabrielle Dainezi.
Entrega do prêmio
Gabrielle Dainezi, uma das coordenadoras do curso de extensão sobre uso terapêutico da Cannabis sativa L., recebendo o prêmio
O prêmio foi entregue durante a 3.ª edição da CannaPortugal, realizada nos dias 16 e 17 de maio de 2025 em Lisboa. Para Rodrigues, "o valor de curso reside no fato de ter nascido de uma demanda da periferia, que, aliada à universidade, vem oferecendo apoio às famílias que não teriam acesso à terapêutica envolvendo a Cannabis sativa. Esse é o maior prêmio, na verdade!".
Gabrielle Dainezi expressou a alegria em ver a inciativa reconhecida, principalmente em outro país. "A ideia desse curso, forjado na periferia e pelo movimento social, e que conta com o respaldo e a credibilidade de uma universidade, que transforma a vida de muitas pessoas e comunidades, sempre foi democratizar o acesso a informação de qualidade e derrubar as barreiras do preconceito. Ter recebido essa honra, é como se a gente recuperasse o fôlego e recebesse uma prova de que está no caminho certo".
