Unifesp participa da 43.ª Operação Antártica do Programa Antártico Brasileiro (Proantar)
Neste momento, encontram-se na Antártica, em atividade de campo, os(as) docentes Ronaldo Christofoletti e Sheila Furquim e o pós-doutorando André Pardal
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(Imagem ilustrativa)
A professora Sheila Furquim, do Instituto de Ciências Ambientais, Químicas e Farmacêuticas da Universidade Federal de São Paulo (ICAQF/Unifesp) - Campus Diadema, representa o projeto Interfaces, que inicia suas atividades de campo e investiga a conexão entre os compartimentos hídricos da região e como as mudanças climáticas estão alterando o ciclo hidrológico da Antártica, desde a precipitação e o degelo até o escoamento em rios, infiltração no solo e o transporte de água para o mar. Essas transformações impactam diretamente o balanço hídrico da região, levantando questões cruciais, como o destino da água proveniente do aumento do degelo.
Além disso, o projeto explora a dinâmica de nutrientes naturais, como nitrogênio e fósforo, e poluentes antropogênicos que, anteriormente congelados, agora são liberados no solo e nos sistemas aquáticos. O estudo utiliza a bacia hidrográfica da Estação Antártica como modelo, analisando as conexões entre diferentes matrizes hídricas – da água da chuva ao escoamento, neve, águas subterrâneas e oceano. No contexto do Antropoceno, o Interfaces busca compreender o papel do ser humano nas alterações desse delicado equilíbrio ambiental, contribuindo para estratégias de mitigação e preservação do continente.
O professor Ronaldo Christofoletti, do Instituto do Mar da Universidade Federal de São Paulo (IMar/Unifesp) - Campus Baixada Santista, coordena o projeto Com-Antar, que tem como objetivo aproximar a ciência antártica da sociedade brasileira. Este projeto busca promover ações de popularização da ciência e um plano de comunicação que popularize os resultados do Proantar para a sociedade por meio de ações com escolas, jornalistas e tomadores(as) de decisões.
Nesta etapa inicial, o projeto Com-Antar está realizando síntese de conhecimentos inéditos e também conhecendo as atividades e objetivos dos demais projetos. Além disso, está entendendo as rotinas e logística de pesquisa nos navios e na Estação Antártica Brasileira e promovendo a interação com jornalistas. No dia 13 de janeiro, foram divulgados dados inéditos que demonstram que 2023 e 2024 foram os anos de maior degelo na Antártica, com a perda de áreas de gelo equivalentes ao desaparecimento de países europeus (confira aqui o relatório). Além disso, foram disponibilizados resumos para jornalistas interessados(as) em abordar temas relativos a alguns dos projetos em andamento em campo no momento, como:
- O maior degelo da história da Antártica;
- O monitoramento dos rios aéreos que chegam à Antártica, com registros já existentes de carbono das queimadas brasileiras que atingiram a Antártica;
- A biodiversidade de musgos e microrganismos que podem auxiliar como bioindicadores das mudanças climáticas;
- O estudo sobre a formação dos solos, importante para o entendimento dos processos geológicos e com implicações para o manejo e melhoria do agronegócio.
Até o dia 17 de janeiro, o Com-Antar pode apoiar jornalistas interessados(as) em mais informações, imagens e fotos em campo, entrevistas com pesquisadores(as) presentes ou conversa on-line.